
Longínqua memoria do passado,
Ingénua alma e sempre perdoado...
Longínqua mas inesquecível,
Longínqua mas visível!
Já sorri ao que longe está,
Hoje choro pelo que, de certo virá!
Findada a antiga humilde infância,
Nascida a nova ganancia!
Tenho vontade de correr,
Saudades dos braços prontos, para me socorrer!!
Talvez seja louco...sim sou louco e tenho memoria...
Só queria, de novo meu corpo esconder,
Na esperança de que ninguém o pudesse ver!
Desejo o refujo deste eu
E esconder-me em mim,
Sentir-me sozinho de verdade,
Perder toda esta liberdade
E fechar...fechar os olhos, do meu interno ser
E erguer na solidão as lágrimas,
Deixar cair de mim as magoas...
Espontaneamente libertar palavras sem jeito,
Perder por mim próprio todo o respeito!!
Deixar fluir todos os pensamentos,
Escorregar nos maus momentos,
Recolher o sentimento que deles vem,
Esquecer, tudo o que já viveu este alguém,
Este alguém que fui, este alguém que sou,
Só queria não estar como estou...
Libertar-me de contrariedades,
Apreciar de verdade as simplicidades!!
Deixar de lado tudo o que complexamente se criou,
Dentro deste alguém que sou!!
Talvez o esquecimento fosse a solução,
Talvez fechar os olhos resolvesse esta preocupação...
Só queria ser livre...mas livre de verdade!