terça-feira, dezembro 30, 2008

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Ao acordar de um sono descansado,

Abro os olhos e sinto-me despedaçado,

Algo mudou ou aconteceu de novo,

Algo me perturba e não me movo!

O peso na consciência,

Faz-me questionar a minha existência,

Não sei o que fiz, nem que se passou,

Mas de certo algo mudou!

Sinto-o neste corpo, que teima não se mexer

E a consciência diz-me que algo esta a acontecer,

Algo, que não consigo recordar

E continuo estático a pensar!

Encurtada foi minha memória,

Não sei desta vez qual a história,

Sei que ontem perdi a timidez

Desinibi-me de uma só vez,

Falei até mesmo sem pensar,

Falei sem saber o que estava a falar,

Mas continuo estático a reflectir...

A verdade não alcanço e parece estar a fugir,

Que fiz eu? É essa a minha questão...

Falei algo certo e com razão?

Disse o que sentia?

Ou apenas o que queria?

Continuo aqui estático a questionar,

Começo a sentir dores, sem saber o que se esta a passar!

Cada segundo que passa aumenta a confusão...

Que disse? Que fiz? Que sentiu meu coração?

Tento de novo adormecer, acabando com esta tortura

E fico ali deitado esquecendo a loucura,

Mais uma das muitas que a memória não solta,

Talvez uma atitude que não volta!

Por fim, adormeço no sono descansado

Para que todo o tormento seja apagado...

Vou acordar de novo e já nada questionar

Não importa que se passou, nem o que se esta a passar,

Já foi vivido, foi dito e talvez sentido,

Acordo, já sem estar ferido!

Foi apenas mais um pouco da vida que não recordo,

Acontece-me muito quando acordo,

Tudo de novo volta a acontecer,

Parece não existir ninguém para me deter,

Algo me move, nessas noites, sem parar,

Algo que o sono teima em apagar...

Perdura para sempre na cabeça, a questão!

Que disse? Que fiz? Que sentiu meu coração?

Aprendi a viver assim sem me preocupar

Há momentos que é melhor apagar!

1 comentário:

Anónimo disse...

O melhor texto de todos fds *

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