terça-feira, dezembro 22, 2009

Uma vez

E cai, como se de outono se trata-se, cai a esperança
Esta chuva, tomba-me como a ferida de uma lança
E na lenta queda, cobre-me este nevoeiro serrado
O vento leva toda a certeza e julgo estar errado
Rumo a um local desconhecido, caminho lentamente...
Olho mais longe e tendo a recuar ligeiramente...
Passo a passo enchendo-me de receio
Levo tão longe quanto vou, as partes que odeio
É certo que lutei, em redor do que acredito
Mas hoje parece ser tarde e tudo apenas infinito
Não sei bem como se deve desistir, nem se o hei-de fazer
Neste infinito já nada consigo prever...
O
hoje
foi
apenas
mais
um
ontem
perseguido
por
um
amanhã

3 comentários:

Anónimo disse...

Oii, adorei suas postagens, tão super legais.
Beijo.
Bom Ano Querida

Jacarée e Baby disse...

É um Poema singelo, bucólico e melancólico que de vez em quando tb., passa por mim.
Fica bem... amanhã será novo dia.

Nadia disse...

é um poema bem elaborado, realista e com uma carga simbólica importante... Não se sabe desistir porque a vida não foi feita para tal, toma as rédeas dela e encontra um rumo para curar a ferida que sempre acaba por curar algo mas não no seu todo...
beijinhu

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