segunda-feira, junho 16, 2008

Cambaleia o corpo pobre


Encharcado em álcool

Derrubado pela perda

Em queda a pique

O corpo que mal se ergue

No nevoeiro serrado

Cambaleia o corpo pobre

Passos curtos a velocidade louca

Músculos tensos e visão turvada

Pouco vê pouco ouve e já nada sente

Percorre o caminho esse corpo de álcool

Boca seca e rosto pálido

Olhar fechado e respiração veloz

Caminha o corpo cambaleando

Por caminhos imaginados

Pensamentos turvados

Pela sede morta pelo álcool

Veloz tristeza que corpo controla

Memorias leves de outros dias

Arrependimento nulo

Do que antes foi feito

Continua o caminho esse corpo desfeito

Leva cansaço

Nas pernas que se vincam

Eis que por fim a queda

A pique o corpo cai no chão

Fecham-se os olhos

E o cansaço habita o corpo

Outro dia será o de amanhã

Até que o corpo caia no chão

E os olhos se fechem e o corpo gele

Haverá sempre um amanhã.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acordo todos os dias
Com mente sombria..
á espera que o sol
um dia me sorria..

Com esta esperança,
Sigo nesta dança
Até que me canse
e acabe com o romance.

:|

Enviar um comentário